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Para haver uma migração dos clientes do serviço tradicional de televisão para IPTV, os operadores terão no mínimo que fornecer todos os serviços já existentes, assim como a mesma Qualidade de Experiência (QoE). Logo, terá de se proporcionar aos clientes qualidade igual ou superior em relação à que tinham anteriormente, em termos de imagem, cor e som, mantendo os débitos baixos. Tal como foi referido anteriormente, são utilizadas técnicas de compressão em Portugal, nomeadamente o MPEG4, para diminuir estes débitos para valores aceitáveis, sendo que a TV Standard apresenta débitos compreendidos entre 2-
Assim o débito mínimo requerido para a IPTV terá que ser o que proporciona a mesma QoE que o utilizador já detém com a televisão tradicional, ou seja, terá que proporcionar a visualização de um canal e a gravação em simultâneo de um outro canal, o que se traduz num débito mínimo de 4-
Um outro factor que reduz a QoE é o atraso, seja este na transmissão directa de conteúdo ("jitter") ou na mudança rápida de canal Para a transmissão directa de conteúdo existe como foi referido anteriormente o protocolo RTP para eliminar este atraso, contudo o atraso na mudança rápida de canal depende do tempo de mudança de grupo multicast utilizando o protocolo IGMP e do tempo de aquisição da trama I (trama que permite o random acess). Isto é, quando o cliente pede a mudança de canal, a sua STB envia um pedido, ao sistema de gestão da rede, de mudança de grupo multicast, o sistema de gestão processa o pedido e encaminha as tramas associadas ao novo grupo multicast. De seguida a STB do cliente terá que aguardar a chegada de uma trama I, pois esta não utiliza redundância temporal e como tal contém toda a informação necessária para a projecção do conteúdo. Em suma, o atraso na mudança de canal resulta da soma dos tempos necessários para enviar o pedido de mudança de canal, o seu processamento e resposta por parte do sistema de gestão e a aquisição da trama I, sendo que quanto menor for esse atraso maior será o QoE.
Existe também uma redução da QoE se a MetaData não estiver correcta A MetaData consiste na informação sobre um canal ou sobre um conteúdo, sendo que a sua aplicação mais convencional na IPTV seja a programação de um canal ou a descrição de um filme no VoD. Logo, se a sua informação estiver incorrecta é facilmente detectável pelo cliente, levando a uma degradação da sua qualidade de experiencia.
Assim obtemos que a QoE é condicionada por 3 pontos:
Contudo os requisitos de uma rede IPTV não se limita à QoE é necessário também fornecer elevados métodos de segurança na acquisição de conteúdo e na salguarda dos dados pessoais do cliente. Pois se a segurança não estiver garantida poderão surgir clientes que obtêm conteúdos aos quais não deveriam ter acesso e também poderá surgir compras não efectuadas por um cliente, porque os seus dados foram adquiridos por terceiros.
Assim todos estes requisitos têm de ser constantemente monitorizados para garantir que se encontram dentro dos paramentos normais de funcionamento para não diminuir a QoE do utilizador. Esta monitorização poderá ser realizada por diversas empresas exteriores à operadora sendo o próximo vídeo um exemplo disso.
De referir que a vertente económica também tem um papel preponderante, isto porque o serviço assim como a STB terá que ser paga pelo cliente e um custo elevado poderá ser um entrave à adesão a esta tecnologia.